quarta-feira, 18 de abril de 2012

drama

Tenho essa visão da morte como algo absurdamente triste. Talvez porque não a vi de dentro - e espero que isso leve algumas décadas. Vejo apenas com os olhos de quem fica. E quem fica sofre e chora, ou talvez comemora e luta por heranças, o que faz parecer ainda mais triste.
Posso dizer que todo filme em que um dos protagonistas morre no final é classificado como drama na minha cabeça. Porque a morte é dramática. E essa minha visão destrói tudo se eu levar em consideração que todas as vidas (reais ou cinematográficas), vistas do início ao fim, acabam em morte. Todos os romances, comédias e suspenses acabam em morte. E todas as classificações não são nada se não dramas incompletos.
Talvez o que eu devesse mesmo é parar de classificar. Pessoas não são latas e vidas não são engradados, não precisam de rótulos e separações em prateleiras.
Ou então entender que vidas não são dramas, se vistas em pedaços... ou a morte não é dramática se a vida valeu a pena. E se eu repetir isso vezes o bastante talvez passe a acreditar.