sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Às vezes palavras não são necessárias

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Sentada em sua cadeira, frente à psicóloga, seu único pensamento coerente era "isso não se parece nada com um divã." Não era uma surpresa, afinal já havia estado em terapias antes. Claro, aos 10 anos era possível colocar os dedinhos finos nos cantos das poltronas e encontrar todo o dinheiro que outros bolsos haviam derrubado, quem sabe, pelos últimos dez anos. E ela se perguntou quão estranho seria se procurasse dinheiro nestas poltronas de agora. Por precaução, segurou as mãos com força. Remexia vez ou outra, tentava largar, secava as lágrimas, olhava para baixo e pegava de novo.
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(leia esse trecho com o triplo da velocidade normal) "Vocêsestãoprontas? Colocaojaleco,pegaumafolha,vocênãodeveriaestardetênis,vamos!" (pronto, pode parar) E sairam as 7 correndo atrás do professor no meio de um ambiente estranho e um tanto quanto hostil: o hospital. Entraram em um quarto a tempo de ouvi-lo falar ".. e estas duas moças conversarão com o senhor" para um paciente. Todas imediatamente deram um passo para trás. Seus olhos diziam que cada uma delas estava desesperadamente desejando que não fosse com ela; ou que se fundir à parede fosse uma opção válida. Não era.
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"Você viu quanto eu tirei?" Claro que eu sabia que ela tinha visto, afinal ela sabia da minha preocupação. "3,5". E então eu parei. De pensar, de ser lógica (se é que alguma vez já fui), de ouvir, de estar ali. Meu coração na boca, meu cérebro gritando comoissofoiacontecer? e a decepção estampada na cara. Olhos brilhando de lágrimas, mirando o horizonte inexistente naquela sala repentinamente pequena demais. Tentei substituir o sofrimento por dor, mordi os lábios. Talvez só estivesse tentando segurar o choro na garganta. Olhos no horizonte e lábio inferior sendo mordido = preciso mas não quero chorar. De um lugar muito distante de onde eu estava, ouvi: "Quer conversar lá fora?" Sem uma palavra, saí.
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A primeira vez foi terapia em família. A criança fazia casinhas enquanto os pais falavam. Semi-casinhas, na verdade. Elas nunca ficavam prontas. Ela nunca tinha nada últi para falar. No último dia, quase no fim do tempo estipulado, a psicóloga perguntou se ela queria falar alguma coisa. "Primeira vez que eu termino minha casinha." Então estava pronta. Dias sem fim de conversas, mas a estrutura estava pronta. E então disseram que estava sem janelas, e todos se juntaram para abrir janelas sem derrubar nada. Talvez a criança tenha sempre precisado de alguém para abrir as janelas.
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Estava feliz aquela hora. Um sofrimento a menos em sua vida. Correu para uma consulta que não sabia se queria ir. Sem planejar o que falar para a psiquiatra. Feliz pela pequena chuva do caminho. Chegou, sentou, falou mais do que estava acostumada nos tempos atuais. Até fez piadas. Foi sincera, ouviu com um sorriso no rosto. Olhou nos olhos.
"Você acabou de descrever depressão"

* outras vezes, simplesmente descrevem sentimentos que não se consegue demonstrar.*

domingo, 14 de novembro de 2010

Desabafos e epifanias de um domingo a tarde...

Essas últimas semanas foram cheias de acontecimentos, grandes e pequenos. Tive algumas epifanias (e olha que nem precisei apanhar de árvores para isso, como o Homer), cresci um pouquinho, vi sentido em algumas partes e a ausência completa em outras. Enfim, vivi. E vim aqui, contar para quem quiser ler, os trechos de aprendizado prático que um Simpósio, um Tusca e o tempo entre eles conseguiram me ensinar.

1) Não confie em pessoas que sabem serem fundamentais em determinada situação e por isso mesmo resolvem não cumprir com coisas previamente acordadas para terem benefícios. Você pode se surpreender com elas depois das 11hs da noite!
2) Nunca fale o verdadeiro horário do coffee break para a padaria responsável em entregá-lo. Seus ouvintes poderão ficar a ver navios, ou melhor, a ver docinhos e salgados!
3) Não se esqueça de pedir para as pessoas preencherem com LETRA LEGÍVEL a ficha de inscrição. Ameace-as com a não impressão do certificado!!
4) Confira com antecedência as apresentações de todos os seus palestrantes. Você não quer que alguém fique constrangido, quer?
5) Aprenda o caminho de ida e DE VOLTA também do aeroporto. Não é legal se perder com pessoas desconhecidas no carro!
6) Existem amigos que vão morar em seu coração até você parar de respirar, amigos para você ir para baladas e se divertir, amigos para você conversar sobre quase tudo, amigos de dia e de noite, amigos que unem todas essas características, colegas que podem ser super legais e a falta de opção. Evite confundir a falta de opção com amizade verdadeira. Pode custar caro.
7) Maturidade é fazer amigos daqueles que discordam de você e dispensar a eles a mesma quantidade e qualidade de amor que dispensa àqueles que concordam com você em quase tudo de coração. Crescer significa também entender que as pessoas são diferentes de você e que você pode amá-las justamente por isso.
8) Homens, ou quase, podem ser tão fofoqueiros quanto mulheres e ainda mais maldosos. Preste atenção, muita atenção, naqueles que o rodeiam em todos os momentos.
9) Decepcionar-se com as pessoas faz parte da vida. Irrite-se, soque almofadas, esbraveje e supere. O mundo ainda tem muito mais pessoas boas do que ruins.
10) Saiba ouvir verdades, por mais dolorosas que sejam. É a partir delas que o crescimento torna-se possível e você aproxima-se mais da pessoa que gostaria de ser um dia.
11) Entenda que a carência pode fazer com que pessoas vejam em você características que não estão lá. Não sinta-se mal por isso.
12) Não ofenda-se com classificações que terceiros possam lhe dar. Ninguém sabe de sua história de vida. Ou, se sabe, não entende. Só você sabe o que viveu.
13) Pelos mesmos motivos do item 12, evite classificar as pessoas.
14) Se você já fez uma graduação, bebeu muito, curtiu muito, cansou muito seu pobre fígado, sinta-se liberado de ser super animado para fazer as mesmas coisas na segunda!
15) Beber vodka pura em quantidade e não ficar bêbado só pode significar uma coisa: a bebida estava batizada com água.
16) Parentes podem ser muito diferentes mesmo! Não pré-julgue alguém por ter um parente feio. Quem sabe que alelos esse outro recebeu?
17) Torcedores de futebol unidos podem comportar-se como animais alucinados. Especialmente se forem corinthianos.
18) No fundo, as pessoas todas só querem ser felizes. Pense nisso antes de se irritar com alguém, qualquer que seja.
19) Algo irritante para você pode ser ridículo para outros e vice-versa. Não sinta-se melhor ou pior por isso. Você não é.
20) Tente não se irritar (esforce-se, pelo menos) com pessoas que discursam como se fossem infinitamente melhores que as outras. No fundo, elas se sentem tão tão pequeninas que precisam desse tipo de discurso para se sentirem algo mais que rasteiras.
21) Mágoas sempre passam. Aquela frase que sua mãe diz, que o tempo é o melhor dos remédios, pode ser super verdadeira. Pelo menos na maior parte dos casos.

Enfim, people... Não é tudo, mas é quase. Na verdade, acho que estou mais desabafando e tentando me convencer de todas essas coisas do que tentando repassar algo para vocês. Mas vocês entendem, né? =)







sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Novelo de raciocínio

 Freud já dizia que nada vem do nada. Ou seja, um assunto completamente aleatório para você envolveu toda uma linha de raciocínio e associações para mim. Explico: estamos em uma aula de geografia e eu te pergunto se você gosta de cerveja. Aparentemente aleatório. Mas geografia me lembra mapa mundi, e eu tinha dificuldade para diferenciar os pólos no mapa mundi, sabia apenas que tinha Ártico e Antártida. Antártica é uma cerveja. Assim como Skol. Que DESCE redondo. Portanto, Antártida é no sul. Eu não gosto de cerveja, e você?
 Viu? Simples!
 Mas vamos começar pelo princípio: Deus criou Adão e Eva. Adão e Eva tiveram Caim e Abel. Caim matou Abel. E agora? Como vim ao mundo? Quem veio primeiro, a Cerva ou a Bombs? Fui ler a bíblia para descobrir e descobri algo que quase me surpreendeu: foi isso, Caim encontrou outras pessoas em outro lugar e pronto. Isso mesmo, não tinha explicação pro surgimento de outras pessoas... então discuti com o Supimpa e tudo se esclareceu: fomos expulsos do paraíso *plof* (brotou uma pessoa) para onde vamos agora? *plof* o q são essas coisas? *plof* (compreendendo o sentido dos plofs: "penso, logo existo". Adão e Eva pensando em coisas q nunca precisaram pensar fez com que existissem outros vários semelhantes.*plof*)
 Supondo que você surgisse agora do nada num mundo estranho, o que faria? Trabalharia, obviamente. E então foram construídas as pontes, as cidades, os templos, o Subway e as pedras.
citando Terry Pratchett: "A mente dos animais é simples, e portanto clara. Os animais nunca perdem tempo dividindo em pedacinhos experiências vividas e especulando sobre pedacinhos que perderam. Todo o arranjo do universo lher foi apresentado como coisas a) com as quais se acasalar, b) das quas fugir c) para comer e d) pedras"
 Criado o mundo, iremos nos focar nas criaturas mais unidas do planeta: marrecos. Eles andam juntos *prém---prém---prém* , eles correm juntos quando veem um caminhão *prémprémprémprémprém* e eles param para esperar e ficar encarando quando um tá com sede e acha uma pocinha. São uma graça. E reconhecem pedras sem crise.
 Hoje minha professora falou que algumas células entram em crise e morrem. Mas algumas dentre essas são como fênix, renascem das cinzas e se multiplicam de novo. Esse parágrafo foi só para exemplificar que eu sou mt normal... dependendo do ponto de comparação.

PS: não sou muito criativa para onomatopeias.
PPS: minha linha de raciocínio é peculiar... e pouco linear, talvez.
PPPS: tudo isso foi pensado na mesma aula e estava perfeitamente relacionado em um assunto cheio de sentido. Pelo menos pra mim e pro Supimpa... Verdade, até anotei para lembrar em casa:
PPPPS: diga-se de passagem que só ouvi o trecho da aula supracitado porque o Supimpa já tinha ido embora e as mensagens que ele estava me mandando demoravam para chegar naquele portal dimensional sem sinal de celular chamado "Patologia".

terça-feira, 13 de julho de 2010

Lógica Bomberiana... Em laranja!

O taxista abriu a porta para ela, sorrindo. Ela observou-o, surpresa, satisfeita com a pequena gentileza. Pensou, rapidamente, que podia acostumar-se com aquilo. Imaginou-se em uma liteira, sendo carregada por morcegos gigantes, de asas longas e finas, como meias de seda super esticadas. Eventualmente, eles transformar-se-iam em homens, jovens bonitos como aquele um daqueles livros de menininha que ela gostava de ler. Mas jovens não voam, então não poderiam levar a liteira para o alto, para que ela visse Evangeline. Hum, talvez ficassem melhor como morcegos. Sim.
Caminhou pela rodoviária, os pés muito automáticos, sem pensamentos que os comandassem. Entrou no sanitário com a menininha de vestido na porta. Aquela menininha era tão out, né? Quem hoje em dia usava um vestidinho rodado, em formato de triângulo, daquele jeito? Era mais uma convenção e ela as odiava. Ainda se fosse o triângulo das bermudas, quem sabe. Mas era de saia. Super sem graça. Super sem mistério. Super não desaparecia com as pessoas.
Fez xixi e sentiu-se super viva. Era alguém de verdade porque, afinal, só pessoas de verdade poderiam fazer xixi na rodoviária. Personagens fariam xixi em lugares mais limpinhos. Ou não. Whatever. Ela não era uma personagem e pronto. Lavou as mãos e olhou-se no espelho. Estava vermelha, com as bochechas muito rosadas. Como balões. Adorava balões. Eram coloridos e voavam alto no céu. Talvez fosse mais saudável ter balões do que uma liteira erguida por morcegos. Afinal, balões não transmitiam raiva. No máximo você poderia ter raiva de um pônei em um balão, porque ele não tem polegares opositores e não deveria estar ali. Pelo menos era o que uma amiga estranha havia dito uma vez. Mas ainda assim, balões era legais. Quase tão legais quanto comer pudins. Mas pudins eram doces e macios. E molengas. E você podia dar nome a um pudim. Como Bob. Pudim Bob. E fingir que ele era uma geléia vinda de outro planeta. Mas balões não. Eles não tinham cara de nome. Não. Eram só balões.
Saiu do banheiro apressada, os pés novamente movendo-se quase sozinhos, sem muitas ordens a seguir. Caminhou até as plataformas de ônibus, esperando. Um policial fardado aproximou-se e ela observou-o. Quis ser uma delegada com chapéu e estrela. Não seria muito mais bonito? Um chapéu protegeria do sol e seria elegante. A estrela poderia chamar-se Evangeline (e então ela não precisaria de morcegos ou balões para vê-la). E, melhor de tudo, ela iria sentir-se saindo de uma caixa de brinquedos, com Buzz Ligthyear, ao infinito e além. O que tinha além do infinito? Um arco-íris com ouro? Talvez. Por isso as pessoas não encontravam, nunca, o tal do pote. Ele sempre estava além.
O ônibus despontou, fazendo a curva e parando frente ao número 9. Plataforma 9? Poderia ser 9 e 3/4, não? Não, hoje não. Hoje não.

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Procura-se pessoa má

 Uma coisa irritante é gente irritante. Uma coisa séria é trabalho. Uma coisa irritante e séria é quando pessoas irritantes atrapalham seu trabalho. Não, você não deveria ir para sua casa fazer seja lá o que você quer fazer enquanto tem trabalho para fazer aqui. Sim, pode até ser que a gente dê conta sem você, mas é uma putafaltadesacanagem eu não poder ir para casa também. Ou você acha que eu não queria tomar banho, trocar de roupa, pentear o cabelo, comer? Não, na verdade eu curto mesmo esse visual acabado com 3 camadas de comida na minha calça jeans e nenhuma no meu estômago.
 Mas eu nem ia falar isso. Digo, hoje vc não tem aula de manhã e tem uma prova a tarde. O que fazer? Estudar o quanto puder e depois dormir até descansar. Você conseguiu tirar duas notas vermelhas nas duas únicas provas que já fez de outra matéria. O que fazer? Comparecer à revisão de prova que sua professora marcou. Aviso que: se esses dois eventos acontecem no mesmo dia, seu dia não começou bem. Você acordou cedo tendo ido dormir tarde e nem vai poder revisar a matéria da prova atual porque já foi incapaz de fazer isso na anterior.  Um beijo aos que sofrem de faculdade!
 Aí você ganha uns pontos extras, vai bem na prova, parte mais feliz para preparar a sua tão planejada festa junina e alguém, na montagem das barracas, levanta um cano de metal que consegue jogar seus óculos para longe e se enfiar no seu olho. Me senti prestes a ser um filme: andar desorientadamente em busca dos óculos até ouvir um clec! e lamentar a vida. Mas como eu estava com meu olho doendo e momentaneamente cego sou muito inteligente, fiquei parada até recuperá-los e a tragédia acabou. Um beijo aos que sofrem de olho.
 Aí eu recebi ordens estúpidas (desculpa, mas depois as pessoas se perguntam porque alunos calmos e felizes aparecem com armas na escola e matam os coleguinhas... #desabafo). Aí eu vi gente fazendo nada. Aí eu comecei a ficar na correria, me dá isso, corta aquilo, coloca na panela, derruba, suja, limpa, queimou a luz! Eu teria agradecido se meu trabalho fosse interrompido por isso, mas eu só tive que continuar fazendo comida no escuro. Neste ponto milhares de pessoas e situações já estavam me irritando e eu precisava muito, muito mesmo, de uma pessoa má.
Pessoa má: aquele seu amigo com o qual você pode falar tudo que te irrita, gritar, xingar, desabafar, e ele ainda vai completar seu pensamento e ser igualmente mau sem tentar te mostrar o lado bom das coisas. Às vezes a gente só precisa de alguém pra concordar. Um beijo para quem sofre de ausência de pessoa má.
 Depois de achar minha pessoa má, voltei para minha ilha: uma barraca cercada de gente por todos os lados. Me sentia num zoológico com zumbis famintos tentando atravessar minha jaula. Eu já vi que vc está aí e quer um lanche completo, mas tem outras dezenas de pessoas aqui tbm, então espera! As pessoas só reclamam. Eu não vou fazer lanche pra você, não dá pra ver que estou cortando os pães para que todas as outras pessoas possam fazer lanche para você e outros tantos!? Não, você não pode pagar menos, você não pode comer uma salsicha, você não pode levar as batatas. E você não vai, veja bem, NÃO VAI, pagar direto aqui sendo que todos os outros passaram no caixa.
 Eu sendo séria: um indivíduo perguntou se podia pagar direto na barraca. O Jipe até chegou a dizer que sim, mas eu disse q não. Não pode porque dá problema na hora de fechar as contas, na festa passada isso já aconteceu e errar na mesma coisa de novo seria estupidez nossa. O indivíduo, que passará a ser chamado de Detestável, insistiu. Não, Detestável, não pode, isso dá rolo. Mas ir até o caixa é longe, eu pago mais para você aqui! Não, sinto muito, mas eu não posso. Detestável volta-se para o Jipe: deixa vai? Jipe: ela que manda aqui. Detestável: mas por você não teria problema... Eu: é, mas quem manda aqui sou eu e eu estou falando não.
 Tá bom, isso foi meio desnecessário. Só meio, porque o Detestável era totalmente descenessário e desagradável. Eu expliquei para ele que dinheiro é só no caixa, se não qualquer um pode guardar no bolso e ir embora, que a gente tinha decidido em reunião e tal. Se tem uma coisa q me irrita é quando decidimos coisas em reunião e as pessoas descumprem como se a discussão não tivesse existido. Pior quando elas nem aparecem nas reuniões e querem mudar tudo depois. Só não me irrita mais do que bêbado insistindo em pegar coisa de graça. Se não estiver bêbado então, pior! Se estiver bêbado puxando conversas sem qualquer estrutura lógica, me irrita. Se a festa já acabou e você está lá, impedindo que eu guarde as mesas e cadeiras e limpe o chão e feche as barracas, você me irrita. Arranja uma vida, sério.
 Tudo porque eu ser a pessoa má da minha própria vida me irrita também. E pode parecer que nossa-você-é-a-pessoa-mais-irritada/irritante-do-mundo mas tudo isso é só drama. No fundo é tudo tão passageiro quanto filmes de zumbis: toda hora sai um novo, mas ele acaba rápido. Uma pessoa má é tipo a pipoca, vc precisa dela pra extravasar a sensação de pessoas incrivelmente lentas e feias comendo seu cérebro.
[ e aí que um menino ainda conseguiu chegar para mim e falar que eu passava uma sensação de paz para ele. imagina só se eu não estivesse irritada, eu passaria uma sensação quase de morta, então]

sábado, 5 de junho de 2010

Alice, Andrômeda e o meu gato

Provas, trabalhos, mais provas... Trabalho, relatórios, trabalho... Algum dia estaremos livres? Pois é... Sempre temos muito o que fazer, né? Pelo menos nós, pessoas comuns e simples desse mundão de Deus, que não ganhamos na loteria e não temos mundos e fundos para ficar os dias coçando em uma piscina de hotel 6 estrelas. Aí eu olho meu gato. Todos já reparamos que coisas simples e perfeitas são os animais de estimação. Porque, meus caros, ele não tem mais nada o que fazer. Eles usam a gente, fazendo parecer que nós é que usamos a companhia e o amor deles. Errado. Eles foram inteligentes o suficiente para transferir para nós, otários mór do planeta, megalomaníacos e workaholics, o que ELES tinham que fazer. E ficaram com o tempo livre que nós não temos. E quando teremos? Eu só estou na graduação e td já é um sufoco. Sinto-me culpada em dormir até mais tarde em pleno feriado porque sei que já já terei vinte mil provas de uma vez, com um milhão de coisas para decorar (e esquecer, né, porque nosso cérebro não é afim de ficar guardando um monte de coisas, que nem a gente, que enche armários de bugigangas inúteis, não tem coragem de dar aquelas roupas cafonas e fica sempre esperando a oportunidade de dar pra alguém aquele enfeite brega que nossa avó deu...). E quem Consegue dormir sabendo que tem um zilhão de coisas para decorar e ainda nem começou? Pois é. Aí acordamos as 7hs em um sábado, sob o olhar indignado de nossos gatos (para os felizes e sortudos que gostam de gatos), que voltam a dormir com a despreocupação dos animais domésticos, enquanto nós vamos trabalhar e trabalhar para eles, para nós mesmo, para o mundo surdo, cego e doentio que nos rodeia. Faz sentido?
As vezes eu só queria um pouco de falta de sentido da forma clássica, sabe? Como nos livros da Alice, em que ela está aqui, de repente o aqui não é mais como era, e ela cresce e não consegue ver as próprias mãos, e tem um tribunal de bichos engraçados e uma rainha que quer que cortem as cabeças de todo mundo (mas todos enganam-na e acabam com suas cabeças no lugar). As vezes queria me desligar de todas as coisas palpáveis e que nos amarram, impedem nosso vôo e nos fazem Andrômedas, aguardando quase que com pressa o fim na boca de um monstro. Queria poder me libertar das correntes e voar com um gato com asas, ou sem mesmo, que se desfizesse no ar, deixando um sorriso (ele sorri porque ele pode!). Queria ser o mar, que tudo toca, mas nada abarca. Mas não sou! Sou só eu, com minhas escolhas, muitas vezes quase tão sem sentido quanto as histórias de Alice, e pagando por elas todos os dias. Somos nós, cabeçudos, tomando conta do mundo. Somos Andrômeda, lutando contra as correntes. Somos, mais uma vez, Buzz Ligthyear, ao infinito e além... Somos idiotas! E vamos estudar, que o tempo urge...

sábado, 29 de maio de 2010

O mundo, os pequenos e Buzz Ligthyear

Dor nas costas... É, dor nas costas... Quem com mais de 1,70m nunca sentiu isso? Eu sinto sempre... E descobri porque! O mundo não foi, definitivamente, feito para pessoas com mais de 1,70! Sério, gte... É triste! Os carros são pequenos, os bancos tem encostos que pegam no meio, BEM no meio das nossas costas, os espelhos são tão baixos que cortam parte das nossas cabeças, as pias são pouco mais altas que nossos joelhos, é IMPOSSÍVEL dormir nas cadeiras das salas de aula, os cinemas são apertados, as camas são pequenas, enfim... O mundo é feito para seres diminutos e felizes, com pouca nutrição infantil e baixas doses de GH! Mas querm quer ser assim?? A Barbie, ideal de beleza infanto-juvenil, só consegue coisas para o tamanho dela porque ela é uma boneca, caso contrário queria ver aquelas pernas enormes caberem nos lugares em que pernas deveriam caber! No way! Sem chance! Não no Brasil, pelo menos... Pior, as pessoas sempre estão tentando ser mais altas. Saltos gigantes, cirurgias para esticar as canelas... Todos querem ser mais altos! Pra que? Pro mundo não servir mais pra vocês? Poxa, gte... Parecemos o Buzz Ligthyear: ao infinito e além, mas sem asas, sem possibilidades e sem combustível de foguete. O que quero dizer, de um jeito muito idiota, talvez, é que os baixinhos são felizes! O mundo É deles! Sério! Não tem porque quererem ser altos! Vocês cabem em todos os lugares e aposto que seus pés ficam livres e felizes em cadeiras altas, chacoalhando para lá e para cá, como quando éramos crianças... Por que saltos, pernas de pau, vestidos que alongam a silhueta, calças que fazem suas pernas parecerem maiores? POR QUÊ??? Ser pequeno é ser ajustado, então o que? Valorizamos o desajuste? A dor nas costas? O pescoço torto?? O infinito e além, inalcansável e sem oxigênio?
Baaah, o mundo as vzs é muito doido... Muito mesmo! Muito mais que essa postagem sem sentido! Só sei que preciso procurar um país onde as coisas sejam para pessoas maiores... E aprender a seguir um prédio, seja lá o que isso queira dizer!
Enfim, viva e deixe viver, ande e deixe andar, seja pequeno e feliz ou vamos por aí atrás de um país de gigantes!

domingo, 25 de abril de 2010

Tem que ter peito

 Algumas coisas não são fáceis na minha vida; como falar com estranhos. Ou com pessoas mais velhas. Com estranhos mais velhos nem se fale, então! Trauma de infância, vai entender... Mas tá aí, fomos eu e a Cerva pedir patrocínio. Saí do carro, levantei a cabeça, caminhei a passos firmes em direção a porta e abri meu lindo sorriso não-sei-oq-faço-aqui-mas-sou-legal-embora-pareça-psicopata e ganhei um "só um momentinho" enquanto a moça fazia outras coisas. Fingi enorme interesse por chocolates (que me interessam, vejam bem, mas no momento eu queria mesmo sair de lá) enquanto aguardava, falei, entreguei a proposta e fui embora. Tem que ter peito para fazer isso. Pelo menos se vc é como eu.
 Tem que ter peito como aquela(e) moça(o) exibindo seus litros de silicone perfeitamente redondos totalmente sem blusa ou sutiã no meio da avenida em que a gente se perdeu, na volta pra casa. Porque algumas pessoas se desesperariam vendo no mínimo 10 concorrentes em um quarteirão tão pequeno com suas roupas apertadas ou quase inexistentes no seu ambiente de trabalho. Outras levantariam a cabeça, estufariam o peito e os exibiriam com louvor. Precisa ter peito pra isso, claro, porque pessoas sem peito seriam facilmente ofuscadas pela moça lá na frente, que tinha bunda. E usou a bunda pra sentar numa luz azul e ficar iluminada. Imaginem meu choque. Ou não imagine, para seu próprio bem.
 Meu ponto é (e notem que eu estou aprendendo a ter um ponto, chegar a algum lugar): é preciso ter peito! Ter a coragem de fazer as coisas. "O jardim de infância acabou e a bicicleta está sem rodinhas, ninguém vai te segurar se você cair. Se você não gosta da sua vida, faça algo para mudar, se afaste do que te incomoda, se não pode andar, rasteje. Contanto que você faça algo! Vá para academia, entre para um clube, um culto,qualquer coisa! Só não fique choramingando." (reclamação que eu vi hoje em Private Practice)
 E que fique claro que isso não é sobre seios, bundas, ou enfrentar receios bestas. É muito mais complexo do que sou capaz de escrever.

domingo, 18 de abril de 2010

Frutas podres

  Minha mãe vinha me visitar, né, então seria genial dar uma esvaziada nas coisas que ela botou na minha geladeira da última vez que veio. Digamos que, hipoteticamente, ela tenha vindo há 3 meses. Digamos tbm que, ainda hipoteticamente falando, ela tenha trazido laranjas. Digamos que as laranjas ainda estavam boas. O que você faria? Suco, claro. Mais óbvia do que essa conclusão só a constatação lógica de que as laranjas eram mágicas, pq né, 3 meses. Considerando que eu tomasse esse suco (e sobrevivesse) eu me tornaria, no mundo das ideias, mágica tbm?
 Não Harry Potter way of mágica. Odeio o lance da varinha e meia dúzia de feitiços. Digo no estilo movimentar o ventilador com o poder da mente, sabe? Eu teria tentado se, digamos, tivesse tomado o suco das laranjas mágicas. Fugi do tema, estávamos falando de frutas podres, né? Um dia eu tava pensando que seria bem nojento achar um bichinho na fruta que estou comendo. Até que me contaram que acharam meio bichinho. Também, que ideia!, comer fruta estragada...
 Me lembro quando comi uma manga pq achei que ela fosse abacate... não, ela não estava podre, só verde. E eu só to fugindo do tema de novo. Aquela menininha bonitinha, simpática, inteligente, uma-graça-ai-que-cuti que se estragou depois que andou com aqueles caras bizarros, drogados, mal educados, deselegantes, fique-longe-da-minha-filha não é uma fruta. Isso foi só uma constatação. Pq aquele lance de "uma laranja podre estraga todo o resto" é super verdade, se vc for uma laranja. Mas se vc for uma pessoa, bom... vc podia ter jogado a laranja fora ao invés de fazer suco com ela. Então vamos parar de culpar uma pessoa pela atitude de outras, se eu sou paga pau é pq eu não tive capacidade de ser diferente, não pq o outro é super manipulador. Tá aí o verdadeiro poder da mente: ter personalidade.
  E já que estamos falando de pessoas laranjas, eu não quero minha metade. Quero uma laranja por inteiro. O que vc faz com sua metade da laranja? No máximo umas rodelinhas pra enfeitar o drinque. O que vc faz com uma laranja inteira? Vários drinques? Não, não,  faz suco! O que eu quero dizer é que esse lance de metade da laranja é super ultrapassado, nós precisamos ser pessoas por inteiro. Se eu quisesse acordar todo dia e dar de cara comigo mesma do outro lado da cama eu comprava um espelho. Aliás, 3 espelhos, pq seria mt mais engraçado. O que eu quero é uma pessoa com uma personalidade que não seja a minha, mas não totalmente antagonista tbm (gente, laranjas, não limões!), que não seja podre, que dê um bom suco. É pedir demais?
 E se vc achou tudo isso muito sem sentido, considere que eu tomei o suco de laranjas mágicas... E que ele estava bom.

quinta-feira, 8 de abril de 2010

My little pony, minha infância e o polegar opositor...

Oi pessoalzinho sem BANG...
Sabe, hoje tava lembrando algumas passagens da minha infância... Alguns brinquedos da época... Várias coisas esquisitas que se vendia então... Eis que me lembrei do famigerado My little pony, aqueles pôneis coloridos ridículos que se vende até hoje... Tem uns azuis, verdes, rosas, sei lah... São tipo os ursinhos carinhosos em forma de mini-cavalos, com um sorriso esquisito e cara de que no meio da noite vão comer sua cabeça... Coisas com que meninas bizarras de lacinhos rosas e vestidinhos de florzinhas gostam de brincar nos domingos de manhã...
Mas o que eu queria contar de verdade mesmo era minha revolta infantil.. Sabe, eu olhava aqueles cavalinhos esquizóides que tinham fogões, camas, pentes... E ficava pensando: que ridículo, meu! Sério! Como que o bicho vai pegar a panela e cozinhar se ele não tem polegar opositor?? Tipo, meeeeu, ele não tem nem DEDOS!!! NEM DEDOS!!! Como ele vai arrumar a cama? E como vai andar de balão? Gteee, dica, ele não tem polegar opositor! Como ele ia conseguir controlar o balão? Com os dentes de brinquedo assassino?? No way... É uma palhaçada... As crianças bobas crescem sonhando em ter uma pônei babá ou cozinheira... Ou viajar de balão com um mini cavalo que certeza que cairia de lá de cima, porque não ia nem conseguir se segurar... Fala sério, gte! Que tipo de criança no mundo gosta de mini cavalinhos que voam? Que comem panquecas? Que são coloridos? MUITAS!! Porque aquelas coisas sem lógica biológica alguma vendem bem... Sempre vejo uns novos nas vitrines, todos fofinhos e sorridentes, com cara de vencedores que enganam o mundo e cheios de acessórios que eles não iam nem conseguir segurar!
Aí, pôneis palhaços... EU não sou enganada, tá? Eu SEI que vocês não podem cozinhar, voar, arrumar a cama, tocar gitarra ou escrever... E além de td vocês não são nem bonitos! Ouviram suas coisinhas coloridas e deformadas???
E gte.. Por favor, né? Contribuam para um mundo melhor e mais inteligente não fornecendo aos seus filhos, irmão, parentes, amigos ou inimigos esses bonecos ridículos e ladrões de almas... Ok??
Bjosss em preto e branco!

quinta-feira, 1 de abril de 2010

A vida não é boba

   Proibido fumar, usar aparelhos sonoros, entrar no elevador sem verificar se o mesmo encontra-se nesse andar. Proibido pisar na grama, estacionar dia e noite, ter animais nesse condomínio. Proibido entrar sem camisa, entrar com animais, entrar quem não é funcionário. Não entre, certo? Você provavelmente não quer mesmo, a placa só está lá para alguém valorizar o local pensando "noooossa, e se...". Proibido alimentar os animais. Proibido discriminar o ser humano por raças, afinal somos todos animais da mesma espécie e tal. Céus, animais! Probido comer? Proibido formar bandos maiores de 5 pessoas, se você estiver no shopping de São Carlos. Proibido proibir?
   Parece que não nos resta opção. Sentemos num canto e cantemos uma música ao som de violão, sim? Mas só quatro pessoas e nada mais. Aliás, eu tenho um protesto! E essa galera que combina de se encontrar (e prolongar esse encontro) no posto de gasolina? Tipo, legal, fica lá e comprar uma Coca na lojinha e tal, mas ficar fumando? A pessoa deve estar pensando "nossa, maneeeero, vou explodir tudo!". Será que ela tem noção que vai se explodir junto? E pior! Vai levar minha lojinha de conveniências! Sério, galera, não fumem no posto de gasolina #ficadica . Vou dar uma dica pra quem quer ser cabra macho: fume na grama que é proibido pisar. Aliás, fume A grama que é proibido pisar. Me falaram q dá barato. E se vc estiver em um grupinho de 5 pessoas e deixar a bituca no chão pra um animal comer já foram vários crimes! Quem sair ileso dessa pode contar pros coleguinhas que escapou por um fio da prisão perpétua.
   É tanta proibição que ontem eu sonhei que tinha uma placa do meu lado: Proibido dançar com os perus. E só, o sonho acabou. E meu sonho seguinte foi "nossa... preciso postar isso no blog". E aí quando a Cerva me disse "ai, que vida boba" eu tive que retrucar. Não é boba, não. A gente que bobeia ela. E eu sou boa nisso. Proibido reclamar da vida, galere. Só não se proiba viver.

Saudades da máfia... Oh yeah!

Oi pessoal!
Hááááá, é nove horas da manhã e to acordada faz uma hora já... Levei o carro no mecânico (céus, como eu ODEIO fazer isso) e agora vou estudar neurofisio... Aih que eu tava pensando, neh, e já q a Bombs não tá aqui, to pensando sozinha, então não vai ter graça... Mas aih que para matar o tempo eu fiquei pensando... Minha vida passada na máfia, ainda que curta, deve ter sido beeem mais legal que essa... FATO!! Imagina que legal??
Eu falava italiano (chiqueee!!!), usava roupas caras, sapatos italianos (e eles nem deviam ser assim tão caros como são hoje) e resolvia meus conflitos pessoais muito mais facilmente... Alguém disse alguma coisa q naum gostei? BANG! Alguém deve pro patrão? BANG! Alguém é feio demais para andar na rua? BANG!! Alguém não quis mudar a prova de dia porque não estava emocionalmente preparado?? TRIPLE BANG! Alguém enche o saco de TODO mundo com sua super programação de vida, naipe "faço tudo e ainda tiro nota, seus babacas!!!"?? MASTER BANG!! Alguém quer que eu veja óperas dez da noite?? GIANT BANG!!! Alguém gosta de cabanas e quer que o filho seja carregada por um boto ao nascer??? MASTER FUCK GARGALHADAS!!!! (Sim, amigos, existe gte assim... Eu fiz Biologia, eu sei...)
Sim, a vida era mto mais cor de rosa... Certamente como mafiosa eu não ai morrer de câncer, porque não ia guardar tanto rancor no meu coraçãozinho inocente... E ainda ia ter tempo para ler livros e escutar boa música (nada de Mozart, FH, desculpa...[aham, Claudia, o FH vai ler esse blog sim...])... Ia saber manejar uma arma e ninguém ia me assaltar... Ia poder ir pra Veneza desovar corpos (e, quem sabe ver o Supimpa cair nos canais!)... Ai, meu... Ia ser muito legal!!!
Enfim... Se nessa vida eu tenho raiva de ser feita de idiota porque meu maldito parceiro agente duplo me matou na passada, na futura eu vou ter raiva de que??? Possibilidades? Hum... Da Fernanda do BBB, porque ela é uma vaca fútilzona e me irrita... (e a irritação não vai acabar nessa vida, fato...) De Mozart (FATAÇO!!!!)... Das mutações celulares que vão me matar nessa vida (e como eu vou expressar essa raiva na próxima??? Vou destroçar e estraçalhar minhas celulinhas indo ao dermato??? Háááááá, maybe....)... De pessoas super programadas, com schedules infalíveis (só pq naum consigo fazer isso...) De gte que faz blogs inúteis e acha que alguém vai ler (frustrações!!!)...De insetos e afins (ai, odeio vcs, malditos, odeio mto!! BANG!!!)... De ter que estudar neuroanato... O que, alias, eu deveria estar fazendo...
Bom dia pra tds que tem vidinhas chatas e sem BANGs!! =/

quarta-feira, 31 de março de 2010

Essa vida, esse blog

 Outro dia eu li (por mais incrível que pareça) que as pessoas que conhecemos nessa vida já foram nossas conhecidas em vidas passadas. Por "outro dia" eu quero dizer "há 2 ou 3 anos". Claro que isso envolve acreditar ou não na existência de vidas passadas, e é claro que nós não discutimos isso, apenas baseamos nossa conversa partindo do presuposto que existe, sim.
 A Cerva odeia ser enganda e tratada como idiota. Odeia mesmo. E eis o primeiro dado que esse blog divulga sobre nossas vidas. Conclusão óbvia? Na sua vida passada ela foi enganada, tratada como idiota e morreu disso. Claro, porque ela trabalhava para a máfia italiana e o parceiro dela era agente duplo.
 Eu, conscientemente, não odeio peixes, mas eles sempre morrem cedo sob meus cuidados. E eu adoro comer peixe. Conclusão óbvia? Tenho uma raiva contida... porque na minha vida passada eu morri comida por peixes. Como disse no começo do texto, eu já conhecia a Cerva! Então eu era da máfia, fiz besteira, fui morta e tacada no mar. Me pesquem em Veneza.
 E agora nessa vida, unidas pelo destino ou não (que outra vez não iremos discutir, ao menos agora, a existência) estamos juntas para narrar nossas interpretações das coisas da vida. Pode não ser sempre bom, mas nao exige muito do nosso esforço que seja sempre esquisito.
 Bem vindos =D